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SMS apontam a necessidade de aproveitar os recursos da Simarsul no concelho

Os SMS participaram hoje na conferência “Economia Verde: desafios e oportunidades para o território”, organizada pela Simarsul. O diretor-delegado dos SMS fez um balanço não só das últimas 2 décadas de atividade da Simarsul, mas sobretudo dos 30 anos anteriores que correspondem aos 50 anos da democracia em Portugal. No que respeita à taxa de cobertura do saneamento, “o poder local teve uma grande responsabilidade na construção das infraestruturas e de investimento”, frisou Paulo Piteira. E revelou que a primeira fase do Plano Estratégico da Água no concelho de Setúbal, que faz um diagnóstico dos usos da água nos vários setores de atividade (indústria, turismo e agricultura), deverá ser divulgado já em 2025.

 

Quanto a desafios e oportunidades para o futuro, os SMS têm uma expectativa elevada e apontam a necessidade de aproveitar os recursos da Simarsul no território do concelho. “Queremos ser beneficiados, responder aos desafios que as alterações climáticas impõem e fazer a melhor utilização do recurso água”, destacou o diretor-delegado. Na oitava e última conferência do ciclo, Paulo Piteira sublinhou que em Setúbal “há necessidade de investimentos em infraestruturas que precisam de substituição devido à longevidade, e nós temos de dar as respostas que os cidadãos esperam de nós.”

 

Durante as suas intervenções, o responsável dos SMS falou ainda sobre a preservação da água para consumo humano, da valorização de águas para reutilização (ApR), em dessalinização e em outras soluções de sustentabilidade em Setúbal, uma região com caraterísticas únicas. Durante a tarde na Casa da Baía, falou-se também em descarbonização, valorização ambiental, redução dos impactos da atividade humana, circularidade e segurança hídrica.

 

O presidente da Câmara Municipal de Setúbal defendeu que a Simarsul deve permanecer uma empresa pública e com forte ligação ao território, para enfrentar os desafios que o saneamento coloca à Península de Setúbal. “Os desafios e oportunidades só poderão ser enfrentados com uma Simarsul pública, da região e profundamente ligada ao território, com capacidade de se relacionar com as atividades económicas, promovendo e incentivando práticas sustentáveis”, disse o André Martins. Esta afirmação resulta do processo de privatização da EGF-Amarsul “com graves impactos na sustentabilidade da atividade de gestão de resíduos na região” e do “processo que levou a que a Simarsul, por um breve interregno, tenha deixado de existir enquanto empresa do território”.