ÁGUA
Cronologia
Viaje pelas datas que marcaram a história da água em Setúbal
O grande marco na história do abastecimento de água a Setúbal é assinalado pela decisão régia de construir um aqueduto, iniciada em 1487, para condução de água a partir de Alferrara.
Até esta data a população setubalense abastecia-se em várias fontes e poços da cidade. Uma das mais importantes, a Fonte da Figueira, localizada nos limites com o concelho de Palmela, a caminho de Alferrara, era partilhada em 1343, pelas populações de Palmela e Setúbal, através de decisão de D. Afonso IV.
Foi com D. João II que a água passou a ser canalizada mediante a construção do aqueduto, desde Alferrara, a cerca de 3,000Km a noroeste de Setúbal, até à arca d’ água localizada na Rua do Buraco d’ Água, atual RuaTenente Valadim, junto à cerca medieval, ainda existente, e desta até ao Largo do Sapal.
Neste ano foi construído o ainda existente Chafariz do Sapal, e que serviu para os aguadeiros distribuírem água à população, até 1914.
A distribuição de água pela cidade era efetuada por aguadeiros galegos que, com recurso a barris, a vendiam em pucarinhos de barro ou ao domicílio. O excessivo zelo com que os aguadeiros atuavam impedia os populares de encher os seus cântaros de água, que era gratuita nas origens, o que constituiu motivo de muitas rixas e de aprovação de Posturas Municipais para controlo da situação.
Apesar de, em 5 de Outubro de 1892, ter sido finalmente aprovado um contrato de abastecimento de águas que proporcionou as obras de canalização e exploração, só em 1900, surge a Companhia das Águas, como entidade abastecedora de água a Setúbal, mas em 1921, a Câmara Municipal assumiu a responsabilidade da prestação deste serviço à população. Só em 1900 se iniciou a distribuição domiciliária através da canalização da água.
Em 1894, foi construído um poço aberto junto ao Campo do Bonfim que desempenhou um papel importante no abastecimento de água à população, para suprir a falta de água que vinha de Alferrara, através do aqueduto, e que rareava nos chafarizes da Praça do Sapal e do Quebedo.
Era um poço artesiano com 9,50m de altura e 5,00m de diâmetro, que mantiha um manancial de água que permitiu a distribuição pelos referidos chafarizes e pelos vários marcos fontanários, vindo ainda potenciar a utilização em bocas de incêndio, de rega e a construção de um lavadouro público.
Surge a Companhia das Águas, como entidade abastecedora de água a Setúbal, mas em 1921, a Câmara Municipal assumiu a responsabilidade da prestação deste serviço à população.
Desde a época medieval que há documentos que comprovam a preocupação da necessidade e existência de banhos públicos em Setúbal, no entanto é em 1919 que se dá o início da construção do Balneário Dr. Paula Borba, o qual veio trazer novos hábitos, ou uma maior facilidade de higiene na sociedade Setubalense.
O edifício foi inaugurado em 1926. Serviu as pessoas mais humildes, mas também foi frequentado pela classe média, estando aberto todos os dias da semana para usufruto da população, que recebia toalhas e sabonetes.
A Câmara Municipal de Setúbal cria em 21 de junho, em reunião pública, os Serviços Municipalizados (SM).
A 18 de junho, a Câmara Municipal de Setúbal extingue os Serviços Municipalizados e cria um organismo, a 6.ª Repartição, para desempenhar as funções dos SM.
Em reunião de 24 de fevereiro, Câmara Municipal, são recriados os Serviços Municipalizados da Água e da Eletricidade.
A 24 de novembro, os serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais urbanas são concessionados à empresa Águas do Sado, S.A. por um período de 25 anos.
Após deliberação da Assembleia Municipal em 10 de dezembro, sob proposta da Câmara Municipal de Setúbal, são reativados os Serviços Municipalizados de Setúbal (SMS), passando a gestão novamente para a esfera pública.
A 17 de dezembro 2022 cessa o contrato de concessão relativo à “Exploração do Sistema de Captação, Tratamento e Distribuição de Água para Consumo Público e do Sistema de Recolhas, Tratamento e Rejeição de Efluentes do Concelho de Setúbal”.